Cosmogonia A Criação (segundo o Pensamento Greco/Romano)




SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo  16

Netuno, 
A Transcendência,
Plutão,
A Metamorfose e a Regeneração,
e seus Ciclos


Cosmogonia

A Criação 
(segundo o Pensamento Greco/Romano)



Do Caos ao Cosmos

O Céu

Olharmos para o céu e nos comover é o primeiro passo.
 O segundo passo é decidirmos se vamos ficar felizes e contentes dentro do Caos
 ou se vamos tentar trazer o Caos para dentro do Cosmos. 
Cosmos quer dizer 'ordenação' 
e Caos quer dizer caos mesmo.... 
Com um abraço estrelado,
 Janine Milward





Stellarium


 With this pane of 16 Forever stamps, the Postal Service showcases some of the more visually compelling historic, full-disk images of the planets obtained during the last half-century of space exploration. Eight new colorful Forever stamps, each shown twice, feature Mercury, Venus, Earth, Mars, Jupiter, Saturn, Uranus and Neptune. Some show the planets’ “true color” — what one might see if traveling through space. Others use colors to represent and visualize certain features of a planet based in imaging data. Still others use the near-infrared spectrum to show things that cannot be seen by the human eye. (USPS/Antonio Alcalá © 2016 USPS image)
http://spacecoastdaily.com/2015/12/nasa-postal-service-introduce-new-2016-star-trek-stamps-for-50th-year-celebration/




Pluto Explored! In 2006, NASA placed a 29-cent 1991 ‘Pluto: Not Yet Explored’ stamp in the New Horizons spacecraft. In 2015 the spacecraft carried the stamp on its history-making mission to Pluto and beyond. With this stamp, the Postal Service recognizes the first reconnaissance of Pluto in 2015 by NASA’s New Horizon mission. The souvenir sheet of four stamps contains two new stamps appearing twice. The first stamp shows an artists’ rendering of the New Horizons spacecraft and the second shows the spacecraft’s enhanced color image of Pluto taken near closest approach. (USPS/Antonio Alcalá © 2016 USPS image)



O texto abaixo é sintetizado por Janine 
e extraído de alguns Fascículos da antiga coleção Mitologia, 
publicada pela Abril Cultural, ainda na década de 1960.


“No começo era o Caos”, conta o poeta Hesíodo. 



Stellarium



O Caos torna-se Cosmos.


Stellarium

IPAC/Caltech, by Thomas Jarrett - "Large Scale Structure in the Local Universe: The 2MASS Galaxy Catalog", Jarrett, T.H. 2004, PASA, 21, 396
Panoramic view of the entire near-infrared sky reveals the distribution of galaxies beyond the Milky Way. The image is derived from the 2MASS Extended Source Catalog (XSC)—more than 1.5 million galaxies, and the Point Source Catalog (PSC)--nearly 0.5 billion Milky Way stars. The galaxies are color coded by redshift (numbers in parentheses) obtained from the UGCCfA, Tully NBGC, LCRS, 2dF, 6dFGS, and SDSS surveys (and from various observations compiled by the NASA Extragalactic Database), or photo-metrically deduced from the K band (2.2 μm). Blue/purple are the nearest sources (z < 0.01); green are at moderate distances (0.01 < z < 0.04) and red are the most distant sources that 2MASS resolves (0.04 < z < 0.1). The map is projected with an equal area Aitoff in the Galactic system (Milky Way at center).






De repente, surge a primeira realidade sólida: Gaia, a Terra. 

Nasa
http://time.com/3651601/earth-new-years-day-picture/






Gaia deu ao Caos um sentido: limitou-o,  instalou nele o chão, o palco da maravilha e da miséria da vida.  Restava ainda um espaço vazio, sobre Gaia.  Para preenchê-lo, ela “criou um ser igual a si mesma, capaz de cobri-la inteira”. 



 Gaia Criou, sozinha, Urano, o Céu Estrelado.  





















Gaia uniu-se a Urano, seu primogênito e apaixonado amante, gerando com ele muitos e muitos filhos.  


Bright Clouds on Uranus
http://hubblesite.org/gallery/album/solar_system/uranus/pr1998035a/web/
 Bright Clouds on Uranus


Elementos devastadores, os primeiros filhos de Gaia fazem os vulcões entrarem em erupção, e criam terremotos, tempestades e furacões.  No entanto, Urano, pai e irmão dessas forças, revolta-se contra elas e as atira no Tártaro, uma das regiões do Erebo subterrâneo.  Mas Gaia, mãe-Terra, liberta seus filhos - porque é a própria Natureza e não pode impedir que os fenômenos naturais sigam seus próprios cursos.





Entra em cena Cronos, Saturno, filho de Gaia e de Urano, que se revolta contra seu pai que não pára de fecundar sua mãe, incessantemente.  E também Cronos, Saturno, revolta-se contra seus outros irmãos que estão sempre devastando a Terra.




Saturn's Rings in Ultraviolet Light
http://hubblesite.org/gallery/album/solar_system/pr2003023b/web/
 Saturn's Rings in Ultraviolet Light



Para que Urano não continue fecundando sua mãe e trazendo mais e mais filhos, Cronos, Saturno, corta os testículos de seu pai, castra-o, lhe traz o limite da criação e da procriação, usando uma foice.  Ao cair sobre a Terra, o sangue de Urano gerou as Eríneas (símbolos da culpa de Cronos, Saturno) , os Gigantes e as Melíades, ninfas das Arvores.  Ao caírem no mar, os testículos do deus formam uma branca espuma da qual nasce Afrodite, Vênus, a deusa do amor e da beleza.

Juntamente com Rea, Cibele, sua esposa e irmã, Saturno estabelece um reinado que se assemelha à era pré-consciente da humanidade.  Nesse período, o Tempo ainda está cego.  A vida não compreende a si mesma, e parece mais um simples fervilhar de elementos confusos do que propriamente uma evolução.

Cronos é insaciável; o Tempo devora tudo: seres, momentos, destinos, sem piedade, sem apego ao que passou.  O que importa é construir o futuro.  Porém, Cronos, Saturno, teme que lhe aconteça a mesma coisa que fez acontecer ao seu pai, o fato de ser destronado por um dos seus filhos.  Aliás, sua mãe-Terra, Gaia, já lhe havia profetizado essa verdade.  E por isso mesmo, Saturno vai devorando cada um dos seus filhos, ao nascerem.



Quadro de Francisco Goya



Apenas um dos filhosde Saturno, o Tempo, escapou-lhe à voracidade  e o destronou do centro do mundo: Zeus, Júpiter, o poderoso deus dos deuses. 


Rea, Cibele deu à luz seu filho Júpiter numa distante caverna e entregou-o para ser cuidado por Gaia enquanto voltava ao lar e entregava a Cronos uma pedra embrulhada por um pano, como se fosse o filho recém-nascido.  Cronos, Saturno, rapidamente engoliu a pedra.  Rea havia salvado seus filhos mas ao mesmo tempo havia selado a profecia: em dia próximo, o ultimo filho de Cronos tomaria das armas para encerrar o sombrio reinado de sangue.  E para sempre se instalaria no mundo.

Júpiter, ao crescer, aliou-se aos irmãos e aos monstros, e destronou Saturno, Cronos, venceu os Titãs e os Gigantes.  Com a tríplice vitória, firmou-se como senhor absoluto do mundo e encerrou o ciclo das divindades tenebrosas, das forças desordenadas, que como Cronos - o Tempo - tudo corrompem e destroem.  É a vitória da Ordem e da Razão sobre os instintos e as emoções desenfreadas.

Quando Júpiter destronou seu pai, entregou-lhe uma poção mágica que fez com que Saturno vomitasse todos os filhos que havia engolido, um a um.  



Reunidos os três irmãos, Júpiter, Netuno e Plutão, tramaram então um plano para destituir do poder o pai temível.  Armas lhes foram fabricadas: a Júpiter, couberam o raio e o trovão.  Para Plutão, coube o capacete que o tornava invisível.  Para Netuno, coube o poderoso tridente, a cujo toque terra e mar estremeciam desde as profundezas.     

Os vencedores reuniram-se e dividiram entre si o domínio do mundo, cada qual com seu quinhão de honraria: Netuno ganhou a soberania dos mares; Plutão assumiu o reino dos mortos.  E Júpiter subiu ao Olimpo, para de lá comandar, altíssimo e absoluto, a terra e o céu, os homens e todos os demais deuses.  


Em termos de descendência, Júpiter gerou filhos heróis e dignos - entre eles, Marte e Vulcano, com sua mulher Juno; Mercúrio, com a ninfa Maia, Apolo e Diana, com Latona; Minerva (que nasceu de sua cabeça); Perséfone ou Prosérpina, com Ceres.  Netuno gerou monstros e bandidos.  Plutão não teve filhos.





Filhos e Filhas 
de Saturno 



Júpiter

Jupiter - March 25, 2007 (Full Field)
 http://hubblesite.org/gallery/album/solar_system/pr2007025d/web/
Jupiter - March 25, 2007 (Full Field)



Júpiter é filho de Cronos e Rea, Saturno e Cibele.  Saturno sabia que seria destronado por um dos seus filhos.  E passou a engolir um a um, logo após seus nascimentos.  Entretanto, sua mulher traçou um plano junto a Gaia, a Mãe-Terra: quando estava prestes a dar luz ao próximo rebento, ocultou-se em uma caverna e lá Júpiter veio ao mundo.  Gaia recolheu o menino em seus braços e Cibele retornou ao lar e lá apanhou uma pedra, envolveu em panos e entregou a Saturno que, imediatamente, a devorou.

Cibele salvara seu filhos mas havia, ao mesmo tempo, selado a profecia: em dia próximo, o último filho de Cronos tomaria das armas para encerrar o sombrio reinado de sangue.  E para sempre se instalaria no trono do mundo.

Ao crescer, Júpiter se aliou aos irmãos e aos monstros, destronou Saturno e venceu os Titãs e os Gigantes.  Com a tríplice vitória, firmou-se como senhor absoluto do mundo e encerrou o ciclo de divindades tenebrosas, das forças desordenadas, que, como Cronos, o Tempo, a tudo corrompem e destroem.  Sua vitória pode ser compreendida como a vitória da Ordem e da Razão sobre os instintos e as emoções desenfreadas.  É Júpiter quem abre aos homens o caminho da razão e ensina-lhes que o verdadeiro conhecimento só é obtido a partir da dor.  Mas não assiste impassível aos sofrimentos humanos, ao contrário, compadece-se... apenas não se deixa levar pelas emoções, pis é a imagem da justiça e da razão.  Sabe que não pode intervir nas descobertas pessoais: cada qual  tem de viver sozinho sua própria experiência.  Limita-se a premiar os esforços honestos e a punir as impiedades.

Por todos esses atributos, Homero chamou-o de ‘pai dos deuses e dos homens’.    Como rei, Júpiter comanda o Olimpo e os homens.  Como rei e pai, Júpiter alcançou regiões imensas pois teve vários filhos e com várias mulheres e todos estes filhos espalharam-se mundo afora, tanto na terra, quanto nos mares e até nos mundos ínferos (como é o caso de Perséfone, filha que teve com Ceres e que foi raptada por Plutão, para ser sua esposa).  As Graças, as Musas, as Horas, as Moiras, Apolo e Diana, Perseu, Hércules, Baco, Helena e Pólux... todos são seus filhos e alguns outros mais. 




Netuno

Springtime on Neptune &#8212; 1998 Image of Neptune
http://hubblesite.org/gallery/album/solar_system/neptune/pr2003017c/web/
Springtime on Neptune — 1998 Image of Neptune


Quando Júpiter enfrentou seu pai, Saturno, deu-lhe para beber uma droga para convulsionar suas entranhas e fazê-lo vomitar os  filhos que outrora havia devorado.

Reunidos os três irmãos - Poseidon, Hades e Zeus (Netuno, Plutão e Júpiter) -, tramaram um plano para destituir do poder o pai terrível e procuraram por aliados e ganharam armas: para Netuno, foi fabricado um poderoso tridente, a cujo toque terra e mar estremeciam desde as profundezas.  Para Júpiter, os Ciclopes fabricaram o raio e o trovão.  Para Plutão, o capacete que o tornava invisível.  Munidos com armas e cercados de bons aliados, subjugaram Saturno e o encerraram nos mundos ínferos.

Repartiram, então, o universo entre si:  Júpiter passou a reinar nos céus; Plutão tornou-se o senhor do mundo dos mortes e Netuno ganhou o domínio dos mares e o poder de controlar as águas e de provocar terremotos e maremotos, com seu poderoso tridente.

Netuno foi habitar seu palácio no fundo do mar Egeu mas sempre percorreu seu vasto domínio numa carruagem atrelada a velozes cavalos - e por isso também se tornou deus dos cavalos e dos touros.

Muitos amores marcaram o mito de Netuno e teve vários filhos, com diferentes mulheres.  Com Ceres, a deusa da agricultura, teve Arião, cavalo veloz que serviu a Hércules; com Medusa, teve Pegasus, o cavalo alado; com Etra, teve Teseu, rei de Atena... e mais tantos outros filhos.




Plutão

Pluto
Pluto nearly fills the frame in this image from the Long Range Reconnaissance Imager (LORRI) aboard NASA’s New Horizons spacecraft, taken on July 13, 2015 when the spacecraft was 476,000 miles (768,000 kilometers) from the surface. This is the last and most detailed image sent to Earth before the spacecraft’s closest approach to Pluto on July 14. The color image has been combined with lower-resolution color information from the Ralph instrument that was acquired earlier on July 13. This view is dominated by the large, bright feature informally named the “heart,” which measures approximately 1,000 miles (1,600 kilometers) across. The heart borders darker equatorial terrains, and the mottled terrain to its east (right) are complex. However, even at this resolution, much of the heart’s interior appears remarkably featureless—possibly a sign of ongoing geologic processes.
Credits: NASA/APL/SwRI


Quando se anuncia a hora derradeira de vida de algum mortal, chegam as Moiras lhe anunciando seus instantes finais de vida.  ao morrer, a alma desce ao fundo da terra, ao reino de Plutão, atravessando o rio na barca de Caronte.  Existem o Tártaro, suplício eterno dos maus, e os Campos Elísisos, eterno prêmio dos justos... e existe um tribunal que decidirá o rumo da alma: Minos, Eaco e Radamento.  Plutão surge por último, pois é o juiz dos juízes, senhor da sombras e dos mortos, aquele que sempre pronuncia a palavra final.  Plutão é invisível - conquistou esta possibilidade através o capacete que lhe foi dado pelos Ciclopes quando da guerra dos três irmãos para destronar o pai Saturno.

Raramente o deus Plutão interfere nos assuntos humanos ou olímpicos, porém, quando invocado, atua no sentido de auxiliar o cumprimento das vinganças, tornando eficazes as maldições.  No entanto, ele também possui seu lado benéfico: propicia o desenvolvimento das sementes, enterradas nos limites de seus domínios e favorece a produtividade dos campos.  Por esta razão, os romanos chamavam Plutão ‘aquele que dá a abundância’.  Desta forma, pôde ser também visto de forma mais benéfica e associado como divindade agrícola - fundamentalmente através sua união com sua irmã, Ceres, a deusa da agricultura.  Eram então celebrados os Mistérios de Eleusis, ritos comemorativos da fertilidade, das colheitas e das estações.



Em uma de suas raras viagens à superfície da terra, Plutão deparou com a luminosa formosura de Perséfone (Core, Proserpina) e dela se enamorou.  Mas, como ao jovem não lhe correspondesse ao afeto, para fazê-la sua esposa o deus raptou-a.  Da união sem amor, nenhum filho nasceu.  Plutão não teve filhos.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti